Laboratório de Patologia Florestal recebe pesquisadores dos EUA para avançar no intercâmbio científico e no combate à ferrugem
Com o intuito de fortalecer parcerias internacionais e a luta contra a ferrugem, uma praga que compromete culturas como a goiabeira e o eucalipto, o Laboratório de Patologia Florestal do Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (Bioagro/UFV) abriu suas portas para uma colaboração com pesquisadores norte-americanos. Entre os dias 24 e 28 de abril, a equipe brasileira recebeu Jane Stewart (Colorado State University), Mee-Sook Kim (Serviço Florestal Americano – Pacific Northwest Research Station), Jorge R. Ibarra Caballero (Colorado State University) e Ada Fitz Axen (mestranda orientada pela professora Jane Stewart).
“A ideia principal é realmente estreitar o relacionamento com os pesquisadores norte-americanos e retomar as pesquisas com o fungo Austropuccinia psidii, agente causal da ferrugem das mirtáceas. Além disso, estabelecer um convênio para intercâmbio de alunos”, afirma o professor Rafael Ferreira Alfenas, um dos pesquisadores do laboratório que recebeu e organizou a visita.
Durante a visita, os pesquisadores americanos tiveram a oportunidade de conhecer a fundo o trabalho desenvolvido no Bioagro-UFV, além de também visitar pomares de pequenos produtores de goiaba, um banco de germoplasma de mirtáceas e um banco de material genético de eucalipto.
Desenvolvimento de um novo método de detecção de biótipos da ferrugem
Esse intercâmbio científico tem como um dos principais objetivos o desenvolvimento de um novo método de detecção de biótipos da ferrugem, uma doença que impacta a produção de mirtáceas como a goiaba e o eucalipto. O novo método, que ainda está em fase de desenvolvimento, poderá auxiliar no diagnóstico precoce da doença e na implementação de medidas de controle mais eficazes.
Futuros projetos e encontros
Um dos frutos dessa parceria será o intercâmbio de alunos entre o Bioagro-UFV e a Colorado State University. A estudante de mestrado Ada Fitz Axen, que acompanhou a visita dos pesquisadores, já tem planos de retornar ao Brasil para realizar parte de sua pesquisa no laboratório. Também há a expectativa que uma estudante de pós-graduação do Bioagro realize, em 2025, um doutorado de sanduíche com parceria com Jane Stewart.